segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nº67: Robert Spehar


  • Robert Spehar.
  • Avançado.
  • Nasceu a 13 de Maio de 1970 em Osijek (Croácia).
  • Titulos no Sporting: 1 Campeonato Nacional (2001/02) e 1 Supertaça (2000/01).
  • 8 Internacionalizações com 1 golo marcado pela Croácia.


O Spehar foi um avançado croata que passou sem sucesso pelo Sporting, apanhando ainda assim a melhor fase dos últimos tempos a nível colectivo. Marcou poucos golos em poucos jogos, o que não chega para ser considerado craque, sendo confrangedor como às vezes passava ao lado do jogo. Acabou a sua carreira em 2005 no Chipre.



Começou a sua carreira no Osijek, o clube da sua terra onde obteve um crescimento sustentado. Na primeira época, ainda júnior disputou 2 jogos para, na época seguinte jogar em 8 jogos.
Em 1990/91, disputou 14 jogos e marcou 1 golo, para na época seguinte marcar 9 golos em 19 jogos disputados. 1992, foi o ano em que se estreou pela selecção, onde coleccionou 8 jogos e 1 golo marcado, em 1996, frente a Marrocos. Todos os seus jogos foram em amigáveis.
Em 1992/93, marcou 4 golos em 10 jogos e mudou-se a meio da época para o Dínamo Zagreb para jogar em 14 jogos e marcar 9 golos.
Na época seguinte atingiu uns excelentes 18 golos em 32 jogos realizados com a camisola do clube croata, para em 1994/95 jogar em 26 jogos e marcar 23 golos, de novo pelo Osijek.
Foi essa época que lhe valeu a ida para a Bélgica para jogar no Club Brugge.
Em 1995/96, jogou em 22 jogos e marcou 11 golos. Em 1996/97, foi a estrela da equipa ao marcar uns impressionantes 26 golos em 27 jogos disputados. Na época seguinte, jogou apenas em 1 jogo e marcou 3 golos, o que lhe valeu a imediata ida para o Mónaco.



No Mónaco jogou em 13 jogos e marcou 3 golos até final da época. Na época seguinte, apenas 3 golos em 14 jogos, mas ainda assim foi para Itália para jogar pelo Verona, onde fez apenas 3 jogos até ser contratado pelo Sporting.
Em alta rotação para o título, o Sporting não utilizou o croata que apenas jogou para a Taça frente ao Dragões Sandinenses (3-0) entrando aos 65m para o lugar de De Franceschi.



Na época seguinte disputou um total de 11 jogos e marcou 7 golos. Realce para um jogo a titular em que marcou 1 golo, na vitória por 5-2 em Vidal Pinheiro. O Sporting de Manuel Fernandes alinhou com: Schmeichel; César Prates, André Cruz, Babb e Rui Jorge; Pedro Barbosa, Hugo, Paulo Bento, João Pinto (Chiquinho, 87m) e Edmilson (Bino, 68m); Spehar.
Na Taça marcou 2 golos e apenas 1 jogo frente ao Famalicão.



Na época seguinte, fez apenas 2 jogos. O seu último jogo foi na 3ª jornada, na derrota caseira frente ao Alverca por 1-0. O Sporting de Boloni alinhou com: Nélson; César Prates, Beto, André Cruz e Rui Jorge; João Pinto, Paulo Bento, Horváth (Rui Bento, 57m) e Tello (Luís Filipe, 75m); Spehar (Quaresma, 57m) e Niculae.
Foi moeda de troca no negócio que possibilitou a vinda de Jardel para Alvalade, rumando ao Galatasaray, indo logo para o Standard Liége marcar apenas 3 golos em 10 jogos.
Na época seguinte, voltou ao Osijek para jogar em 12 jogos e marcar 5 golos, para na época seguinte ser o melhor marcador do Campeonato Croata com 17 golos em 27 jogos.
Encerrou a sua carreira no final da época 2004/05, depois de 7 jogos e 3 golos pelo Omonia do Chipre. É hoje empresário de jogadores de futebol naquela zona europeia: Croácia, Bósnia, Sérvia, etc.


Carreira

1988/89: Osijek

1989/90: Osijek

1990/91: Osijek

1991/92: Osijek

1992/93: Osijek
Dinamo Zagreb

1993/94: Dinamo Zagreb

1994/95: Osijek

1995/96: Club Brugge

1996/97: Club Brugge

1997/98: Club Brugge
Monaco

1998/99: Monaco

1999/00: Verona
Sporting

2000/01: Sporting

2001/02: Sporting
Standard Liége

2002/03: Osijek

2003/04: Osijek

2004/05: Omonia

Carreira no Sporting*

1999/00: -;- / 1;- / -;-
(Desde Janeiro)

2000/01: 9;5 / 2;2 / -;-

2001/02: 2;- / -;- / -;-
(Até Setembro)

*Época: Campeonato (J;G) / Taça (J;G) / Europa (J;G)

Avaliação: Flop

quinta-feira, 20 de maio de 2010

6ª Treinador: Mário Peres Ulibarri, “Marinho Peres”

  • Mário Peres Ulibarri, "Marinho Peres".
  • Nasceu a 19 de Março de 1947 em Sorocaba (Brasil).
  • No Sporting durante: 1 ano e 8 meses.
  • Títulos no Sporting: Nada a assinalar.



O Marinho Peres foi um excelente treinador brasileiro que passou pelo Sporting no início da década de 90. Apesar de não ter conquistado nenhum título e de ter sido despedido na 2ª época, será considerado craque, já que fez o Sporting ressurgir na alta roda europeia. Com uma equipa muito jovem, conseguiu pôr o Sporting a praticar um excelente futebol, chegando às meias-finais da Taça UEFA e conseguindo bons resultados no Campeonato, pecando por alguma irregularidade, já que na 1ª época, o Sporting iniciou o Campeonato com 11 vitórias consecutivas, o que ainda hoje é um recorde.



Fez toda a sua carreira de futebolista como defesa central, começando em 1967 no São Bento, mudando-se logo em seguida para a Portuguesa. Em 1972 é contratado pelo Santos tendo a possibilidade de jogar ao lado do Rei Pelé. Foi titular e capitão da selecção brasileira que disputou o Mundial de 1974, ganhando assim o passaporte para actuar no Barcelona.





Ficou na Catalunha durante 2 épocas, sendo titular indiscutível na primeira e suplente na segunda. Em 1976 regressou ao Brasil para actuar no Internacional antes de ir para o Palmeiras e acabar a carreira em 1980 no América. Foi aqui que iniciou a carreira de treinador ao ser treinador jogador da equipa carioca. Em 1982 foi adjunto de Telé Santana num clube da Arábia Saudita. Em Junho de 1986 é convidado pelo Vitória Guimarães para treinar a equipa principal.
O Vitória faz uma época fantástica, com um excelente futebol e acaba no 3º lugar da classificação, chegando aos quartos de final da Taça UEFA.



Na época seguinte rumou ao Belenenses, onde repetiu o 3º lugar e ainda venceu a Taça de Portugal. Em 1988/89 conseguiu o 6º lugar no Campeonato e saiu rumo ao Brasil para treinar o Santos e o Guarani.
Em 1990/91 é apresentado como novo treinador do Sporting tendo apenas 2 reforços: Careca e Bozinovski. O Sporting tem uma entrada de leão no Campeonato que ainda é recorde: 11 vitórias consecutivas a abrir. Depois com a progressão na Taça UEFA a jovem equipa ressente-se e acaba em 3º lugar.
A sua estreia ao comando do Sporting ocorreu em Alvalade frente ao Vitória Guimarães, alinhando o Sporting com: Ivkovic; Carlos Xavier, Luisinho, Venâncio e Leal; Douglas (Bozinovski, 75m), Oceano e Litos; Careca (Filipe, 86m), Cadete e Gomes.



Na Europa, o jogo mais épico foi contra o Timisoara, com vitória leonina por 7-0 (3 golos de Cadete, 2 de Gomes e 1 de Careca e Bozinovski). O Sporting alinhou com Ivkovic; Carlos Xavier, Luisinho, Venâncio (Bozinovski, 79m) e Leal; Careca, Oceano, Litos e Filipe; Cadete (Lima, 79m) e Gomes.


Equipa do Sporting em 1990/91.
Em cima, da esquerda para a direita: Venâncio, Leal, Luisinho, Douglas e Ivkovic.
Em baixo, pela mesma ordem: Oceano, Carlos Xavier, Gomes, Careca, Cadete e Litos.


Em 1991/92, o Sporting abriu o Campeonato com um empate a zero nas Antas. A equipa foi bastante irregular e Marinho chegou bastante fragilizado a meio da época. Foi salvo pelo poker de Cadete frente ao U. Madeira, mas 2 jornadas depois era despedido para a entrada de António Dominguez. O seu último jogo foi o empate a 1 golo em casa do Salgueiros, num jogo em que o Sporting alinhou com: Ivkovic; João Luís, Venâncio, Luisinho e Leal; Figo, Douglas, Litos (Tozé, 45m) e Balakov; Cadete e Iordanov (Filipe, 66m). O golo do Sporting foi marcado por Tozé aos 48m.






Na época seguinte regressou a Guimarães, mas falhou. Deixou a equipa em zona de despromoção depois de uma derrota caseira frente ao Gil Vicente.
Regressou ao Brasil para treinar Guarani, U. São João e Botafogo. Em 1996/97 é apresentado como treinador do Marítimo, mas dura apenas 10 jornadas. Em 1998 assume o comando da selecção de El Salvador, mas sai no ano seguinte por ter recebido ameaças de morte, já que denunciou um esquema de corrupção que envolvia dirigentes da federação. Treina a Portuguesa Santista e em 2000 é apresentado como treinador do Belenenses, conseguindo um 7º lugar.
Na época seguinte, conquista o 5º lugar para em 2002/03 treinar os azuis de Belém durante 21 jornadas antes de regressar ao Brasil para treinar o Juventude de Caxias. Em 2006 treinou o Paysandú.

Carreira

1981/82: América

1986/87: V. Guimarães

1987/88: Belenenses

1988/89: Belenenses

1989/90: Santos
Guarani

1990/91: Sporting

1991/92: Sporting

1992/93: V. Guimarães

1993: Guarani

1994: U. São João

1995: Botafogo

1996/97: Marítimo

1998: El Salvador

1999/00: Portuguesa Santista

2000/01: Belenenses

2001/02: Belenenses

2002/03: Belenenses
Juventude Caxias

2006: Paysandú

Carreira no Sporting

1990/91: 3º Lugar

1991/92: Incompleto
(Até Março)

Avaliação: Craque

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Nº66: Carlos Miguel Brandão Fernandes


  • Carlos Miguel Brandão Fernandes.
  • Defesa Esquerdo.
  • Nasceu a 5 de Maio de 1978 em Lisboa.
  • Títulos no Sporting: 1 Supertaça (1995/96).



O Carlos Fernandes é um defesa esquerdo português que pode ter passado ao lado de uma carreira melhor. De facto, o jovem formado em Alvalade apenas teve direito a 2 jogos na principal equipa leonina, o que não deu para ver se se podia afirmar no Sporting como o defesa esquerdo que o clube teve a espaços na década de 90. Depois de concluir a sua ligação ao Sporting, este defesa de boa marcação e propensão ofensiva, passou por clubes da 1ª Divisão, conseguindo afirmar-se em alguns e em outros nem por isso. Actualmente é jogador do Olhanense.


Equipa de Juniores 1994/95 do Sporting.
Em cima, da esquerda para a direita: Luís Pereira, Nuno Dias, Marco Almeida, Miguel Gama, Toni Kakinda e Nuno Santos.
Em baixo, pela mesma ordem: Carlos Fernandes, Paulo Tomás, Alhandra, Varão e Patacas.


Nascido em Lisboa, começou a jogar nos escalões jovens do Sporting, chegando a treinar com a equipa principal em 1995/96, estreando-se de leão ao peito.
Foi na antepenúltima jornada do Campeonato, num jogo em que o Sporting venceu fora o Gil Vicente por 2-0 com golos de Paulo Alves aos 30m e Carlos Xavier aos 87m, apesar da expulsão de Vidigal logo aos 10m. Esta foi a equipa colocada em campo por Octávio Machado: Costinha; Carlos Xavier, Naybet, Iordanov e Carlos Fernandes; Sá Pinto (Pedro Martins, 45m), Peixe, Mauro Soares (Filipe, 62m), Vidigal e Dominguez; Paulo Alves (Ouattara, 74m).
Na época seguinte, voltou a fazer parte do plantel de juniores e voltou a fazer apenas um jogo pela equipa principal. Foi na última jornada do Campeonato, frente ao Boavista (1-2). O Sporting alinhou com: Costinha; Saber, Beto, Vujacic e Carlos Fernandes; Luís Miguel (Simão, 45m), Vidigal, Peixe, Pedro Martins (Gil Baiano, 67m) e Afonso Martins (Hadji, 52m); Dominguez.



Foi emprestado no ano seguinte ao Lourinhanense, onde marcou uns excelentes 7 golos em 28 jogos. Foi novamente emprestado em 1998 ao Campomaiorense onde apenas jogou em 12 jogos, o que levou o Sporting a libertá-lo.
Rumou ao Algarve para jogar no Farense. Em 1999/00, jogou em 28 jogos. Contava já com 1 golo em 11 Internacionalizações sub-21 e 1 Internacionalização pela Selecção B.



Na época seguinte, jogou em 30 jogos e marcou 2 golos. Em 2001/02, jogou por 18 vezes.
Em 2002/03, rumou ao Belenenses onde foi dos melhores jogadores dos azuis nessa época, contando com 5 golos em 32 jogos disputados.



Em 2003/04, marcou 1 golo em 29 jogos disputados com a camisola azul. Foi contratado na época seguinte pelo Boavista onde jogou em 25 jogos e marcou 1 golo o que lhe valeu uma transferência no ano seguinte para Braga.
Fez apenas 6 jogos e foi emprestado ao Boavista para jogar pouco também, apenas 3 desafios.



Voltou a Braga em 2006/07 para jogar em 20 jogos e marcar 1 golo, para na época seguinte jogar em apenas 16 jogos.



Em 2008/09, foi contratado pelo Marítimo e teve uma época terrível jogando apenas em 2 jogos pela equipa principal e mais 4 pela equipa B sendo dispensado.
Esta época foi para o Olhanense onde se exibiu a bom nível como atestam os 2 golos marcados em 26 jogos.


Carreira

1995/96: Sporting

1996/97: Sporting

1997/98: Lourinhanense

1998/99: Campomaiorense

1999/00: Farense

2000/01: Farense

2001/02: Farense

2002/03: Belenenses

2003/04: Belenenses

2004/05: Boavista

2005/06: Sp. Braga
Boavista

2006/07: Sp. Braga

2007/08: Sp. Braga

2008/09: Marítimo

2009/10: Olhanense

Carreira no Sporting*

1995/96: 1;- / -;- / -;-

1996/97: 1;- / -;- / -;-

*Época: Campeonato (J;G) / Taça (J;G) / Europa (J;G)

Avaliação: Flop

sábado, 1 de maio de 2010

Nº65: António de Jesus Correia


  • António de Jesus Correia.
  • Extremo Direito.
  • Nasceu a 3 de Abril de 1924 em Paço de Arcos.
  • Faleceu a 30 de Novembro de 2003 em Lisboa.
  • Títulos no Sporting: 7 Campeonatos Nacionais (1943/44, 1946/47, 1947/48, 1948/49, 1950/51, 1951/52 e 1952/53), 2 Taças Portugal (1944/45 e 1947/48) e 2 Campeonatos de Lisboa (1944/45 e 1946/47).
  • 13 Internacionalizações com 3 golos marcados.


Jesus Correia, o “Necas”, foi um dos melhores jogadores de sempre do Sporting, fazendo parte da mítica equipa dos 5 Violinos. Era o extremo direito, dotado de uma velocidade e técnica estonteantes e com uma excelente capacidade de remate, o que faz dele um dos melhores marcadores de sempre do Sporting. Também era conhecido pelo “Dois Amores” já que se dedicou com igual sucesso ao futebol e ao hóquei em patins, suas grandes paixões. Aliás, abandonou jovem o futebol para se dedicar ao hóquei. Foi o último dos 5 Violinos a falecer, pouco tempo depois de dar o pontapé de saída na inauguração do novo Estádio de Alvalade.



Nasceu em Paço de Arcos e começou a jogar hóquei em patins no clube local. Tentou a sorte no futebol, mas foi rejeitado no Belenenses, sendo depois observado e contratado por Szabo para o Sporting. Foi este treinador que o lançou na 5ª jornada do Campeonato de Lisboa de 1943/44, frente ao Fósforos. Nesse dia o Sporting alinhou com: João Dores; Álvaro Cardoso e Manuel Marques: Canário, António Marques e Eliseu; Ermitério, Jesus Correia, Peyroteo, Virgolino de Jesus (o pai de Jorge Jesus) e João Cruz. No único jogo que jogou no Campeonato marcou 2 golos e fechou a época com 4 jogos e 2 golos.



Na época seguinte, assumiu-se como titular no lugar do histórico Adolfo Mourão e marcou um total de 18 golos em 23 jogos realizados, vencendo a Taça de Portugal. Aliás, a Taça foi vencida com um golo seu aos 86m frente ao Olhanense no dia em que o Sporting alinhou com: Azevedo; Álvaro Cardoso e Manuel Marques; Lourenço, Barrosa e Nogueira; Jesus Correia, Armando Ferreira, Veríssimo Alves, Albano e João Cruz.
Em 1945/46, realizou um total de 19 jogos e marcou 9 golos.



A sua estreia na selecção nacional ocorreu na época seguinte, somando 5 jogos e 1 golo pela equipa das quinas, juntando a isso uma época fantástica no Sporting, onde realizou 31 jogos e marcou uns impressionantes 42 golos, ficando ainda assim atrás de Peyroteo na lista de melhores marcadores.



Em 1947/48, conquista a dobradinha em pleno expoente máximo dos Cinco Violinos, somando mais 3 jogos na selecção. Para dar um exemplo do poderio ofensivo da equipa do Sporting veja-se o jogo em que brindámos o Lusitano VRSA com 12-0. O Sporting alinhou com: Azevedo; Álvaro Cardoso e Juvenal; Canário, Moreira e Veríssimo Alves; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. Os golos foram repartidos entre os Cinco, com 5 para Peyroteo, 3 para Jesus Correia, 2 para Albano e 1 para Travassos e Vasques. Acaba a época com 17 golos em 26 jogos.
Em Junho desse ano, o Sporting joga em Madrid contra o Atlético na inauguração do estádio e brinda os madrilenos com 6-3, Jesus Correia marca os 6 golos do desafio. Nessa altura continuava a jogar hóquei sendo internacional português, também.
Na época seguinte, marca 12 golos em 18 jogos.



Na época a seguir, volta a jogar com regularidade ao disputar 24 jogos e marcar 19 golos, para em 1950/51 marcar 14 golos em 18 jogos.
Em 1951/52, marca 22 golos em 24 jogos conquistando mais um Campeonato.
Finalmente, em 1952/53, apenas disputa 2 jogos e marca 1 golo. O seu último jogo foi a vitória em casa do Benfica por 3-2 com 1 golo seu e 2 de Vasques. A equipa alinhou com: Carlos Gomes; Caldeira e Pacheco; Barrosa, Passos e Juca; Jesus Correia, Vasques, João Martins, Travassos e Albano. Pressionado pelo Sporting a escolher entre o futebol e o hóquei, escolhe, para choque da nação leonina, o hóquei, encerrando a carreira de futebolista aos 28 anos.
Figura muito querida dos sportinguistas venceu inúmeros prémios ao longo dos anos, sendo presença assídua em festas leoninas. Foi o último violino a morrer apenas 3 meses depois de dar o pontapé de saída no novo Estádio de Alvalade.


Carreira

1943/44: Sporting

1944/45: Sporting

1945/46: Sporting

1946/47: Sporting

1947/48: Sporting

1948/49: Sporting

1949/50: Sporting

1950/51: Sporting

1951/52: Sporting

1952/53: Sporting

Carreira no Sporting*

1943/44: 1;2 / 1;- / 2;-

1944/45: 15;10 / 8;8 / -;-

1945/46: 10; 7 / -;- / 9;2

1946/47: 21; 29 / -;- / 10;13

1947/48: 21;15 / 5;2

1948/49: 18;12

1949/50: 24;19

1950/51: 26;14 / 2;-

1951/52: 24;22 / -;-

1952/53: 2;1 / -;-

*Época: Campeonato (J;G)/Taça (J;G)/Campeonato Lisboa (J;G)

Avaliação: Craque

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nº64: Joaquim Fernando Ferreira Murça


  • Joaquim Fernando Ferreira Murça.
  • Defesa Central / Lateral Direito.
  • Nasceu a 7 de Outubro de 1954 na Costa da Caparica.
  • Títulos no Sporting: 1 Taça de Portugal (1977/78).
  • 2 Internacionalizações.


O Joaquim Murça é o irmão mais novo do clã Murça, um sobrenome conhecido do nosso futebol dos anos 70 e 80. Podia actuar em todos os lugares da defesa, com preferência pelo lado direito, por ser rápido, tecnicista e ter facilidade a chegar à linha de fundo e construiu uma carreira bastante meritória em alguns clubes da principal divisão do futebol português ao ponto de ter sido chamado à selecção nacional, que representou em 2 ocasiões. No Sporting, o Murça não teve sucesso, muito devido às reduzidas oportunidades de que dispôs, jogando muito pouco nas duas épocas em que equipou de leão ao peito.



Começou por jogar nos Pescadores da Costa da Caparica, antes de se transferir para o Barreirense em 1976/77. Destacou-se e atraiu o Sporting que o contratou para a época seguinte. Com apenas 22 anos, não foi aposta segura de Paulo Emílio e Rodrigues Dias realizando apenas um total de 6 jogos, vencendo ainda assim a Taça de Portugal.
A sua estreia ocorreu a 15 de Outubro de 1977 na vitória por 4-1 do Sporting sobre o Estoril. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Botelho; Murça (Inácio, 45m), Laranjeira, Manaca e Da Costa; Vítor Gomes, Aílton e Fraguito; Manuel Fernandes, Jordão e Carlos Freire (Barão, 81m).
Na época seguinte, voltou a actuar pouco, 6 jogos no total. O seu último jogo com a camisola do Sporting foi na última jornada do Campeonato frente ao Varzim (0-1), com a equipa de Pavic a alinhar com: Botelho; Bastos (Murça, 45m), Laranjeira, Meneses e Inácio; Baltasar, Ademar e Marinho; Carlos Freire, Vítor Manuel e Nicolau (Aílton, 45m).



Para 1979/80, Murça assinou pelo Portimonense. A equipa algarvia de regresso ao principal campeonato português realizou uma boa campanha ficando em 8º lugar, com Murça a ser aposta dos treinadores que por lá passaram, realizando 23 jogos.
Na época seguinte, marcou os seus primeiros 2 golos como profissional e realizou 29 jogos com a repetição do 8º lugar.
Em 1981/82, a equipa do Portimonense ficou no 6º posto e Murça realizou 28 jogos com 1 golo marcado.



Foi nessa época que se estreou na selecção num jogo realizado frente ao Brasil.
Em 1982/83, realizou a sua última época em Portimão com 21 jogos e 2 golos marcados e tem a sua segunda e última chamada à selecção para defrontar a Alemanha.
Na época seguinte vai para Guimarães onde joga na companhia do seu irmão Alfredo. Não joga assim tão regularmente, fazendo apenas 19 jogos, mas marca 4 golos, o seu melhor registo.
Em 1984/85, vai para o Belenenses.



No Restelo, realiza na sua primeira época 23 jogos e marca 2 golos no 6º lugar da equipa.
Na época seguinte, marca 1 golo em 24 jogos no 8º lugar da formação de Belém. Começa a jogar menos e no seguinte ano apenas joga em 16 jogos, para em 1987/88 apenas jogar em 4 jogos.
Acaba a sua carreira no Gil Vicente antes de se tornar treinador de guarda-redes, estando há mais de 15 anos a trabalhar no Belenenses.


Carreira

1976/77: Barreirense

1977/78: Sporting

1978/79: Sporting

1979/80: Portimonense

1980/81: Portimonense

1981/82: Portimonense

1982/83: Portimonense

1983/84: V. Guimarães

1984/85: Belenenses

1985/86: Belenenses

1986/87: Belenenses

1987/88: Belenenses

1988/89: Gil Vicente

Carreira no Sporting*

1977/78: 4;- / 2;- / -;-

1978/79: 5;- / 1;- / -;-

*Época: Campeonato (J;G) / Taça (J;G) / Europa (J;G)

Avaliação: Flop

sábado, 10 de abril de 2010

Nº63: Salif Keita Traoré


  • Salif Keita Traoré.
  • Avançado.
  • Nasceu a 8 de Dezembro de 1946 em Bamako (Mali).
  • Títulos no Sporting: 1 Taça de Portugal (1977/78).
  • 13 Internacionalizações pelo Mali com 11 golos marcados.


Salif Keita, a Águia do Mali, foi um fabuloso avançado que passou pelo Sporting na segunda metade da década de 70. Jogador bastante conceituado, chegou ao Sporting já no final da carreira, mas ainda foi a tempo de mostrar tudo o que tinha de bom, tanto a avançado como a jogar a médio ofensivo, atrás dos avançados, caracterizando-se pelo seu mortífero remate com o pé esquerdo, grande técnica, agilidade, força e uma grande velocidade que o fazia parecer uma gazela. Foi um privilégio ter no Sporting um jogador que tinha sido eleito o melhor jogador africano.



Nascido no Mali, começou a jogar futebol nos Pionniers Oulofobougou, passando em seguida para o AS Real Bamako. Em 1963, já tinha chegado com apenas 16 anos à selecção do Mali. Passou 4 anos no Real Bamako, vencendo 3 Campeonatos, tendo um interregno de um ano em que jogou no Stade Malien.
Em 1967 emigra para França para jogar no Saint Étienne onde se torna um verdadeiro ídolo. Logo no primeiro ano conquista a dobradinha, vencendo sempre o Campeonato nos dois anos seguintes. Em 1970 ganha a Bola de Ouro para melhor jogador africano, ficando ainda mais dois anos no Saint Étienne. Ao todo, foram uns impressionantes 125 golos marcados em 149 jogos pela equipa francesa.



Em 1972, foi para o Marselha onde marcou 10 golos em 18 jogos realizados.
Na época seguinte, emigra para Espanha para actuar no Valência marcando 7 golos em 29 jogos. Em 1974/75, marca 11 golos em 24 jogos, para na época seguinte baixar para os 5 golos em 22 jogos realizados.



Em 1976/77, chega a iniciar a época em Valência, mas é seduzido pelo convite de Jimmy Hagan para jogar no Sporting. Vem para Lisboa onde forma a inesquecível tripla atacante com Manoel e Manuel Fernandes.
Fez a sua estreia no primeiro jogo da época em que o Sporting venceu por 3-0 o Benfica com golos de Manuel Fernandes, Camilo e Baltasar. O Sporting alinhou com: Conhé; Inácio, Laranjeira, Mendes e Da Costa; Vítor Gomes (Camilo, 55m), Fraguito e Baltasar; Manoel, Manuel Fernandes e Keita.
Logo na jornada seguinte, marcou os primeiros golos com a camisola do Sporting, num jogo em que a equipa leonina foi vencer a Guimarães por 3-1 com 2 golos de Keita. Ao todo foram 27 jogos disputados em todas as competições, com 14 golos marcados, todos no Campeonato.



Em 1977/78, Keita permaneceu no Sporting e em alguns jogos chegou a ser capitão de equipa. A época individual teve algumas semelhanças com a da época anterior, já que jogou na 1ª jornada frente ao Benfica e marcou 2 golos à Académica na 2ª jornada. Ao todo foram 9 golos em 29 jogos em todas as competições. Venceu a Taça, na finalíssima frente ao FC Porto por 2-1 com golos de Vítor Gomes aos 55m e Manuel Fernandes aos 62m. A equipa foi a seguinte: Botelho; Artur, Laranjeira, Meneses e Inácio; Vítor Gomes (Cerdeira, 81m), Ademar e Aílton; Manoel, Manuel Fernandes e Keita.



A época de 1978/79 foi a sua última no Sporting onde já jogou menos. Mesmo assim disputou um total de 21 jogos com 10 golos marcados.
Estreou-se apenas à 5ª jornada na vitória por 3-0 frente ao Famalicão, marcando 1 golo. O seu último jogo com a camisola do Sporting foi na 25ª jornada na derrota caseira frente ao Benfica por 1-0. O Sporting alinhou com: Botelho; Artur, Laranjeira, Meneses e Inácio; Fraguito (Aílton, 45m), Marinho (Ademar, 69m) e Keita; Manuel Fernandes, Jordão e Manoel.



Saiu do Sporting e ainda foi jogar 1 ano para o New England Tea Men onde marcou 17 golos em 39 jogos.
Depois de se retirar do futebol continuou ligado a esta modalidade. Fundou o primeiro centro de formação desportiva do Mali, foi Ministro do Desporto e é desde 2005 o presidente da Federação Maliana de Futebol. Ainda é considerado o melhor jogador de sempre do Mali e é hoje um dos homens mais ricos e respeitados do país.


Carreira

1963/64: AS Real Bamako

1964/65: AS Real Bamako

1965/66: Stade Malien

1966/67: AS Real Bamako

1967/68: Saint Étienne

1968/69: Saint Étienne

1969/70: Saint Étienne

1970/71: Saint Étienne

1971/72: Saint Étienne

1972/73: Marselha

1973/74: Valencia

1974/75: Valencia

1975/76: Valencia

1976/77: Sporting

1977/78: Sporting

1978/79: Sporting

1980: New England Tea Men

Carreira no Sporting*

1976/77: 24;14 / 3;- / -;-

1977/78: 21;7 / 6;2 / 2;-

1978/79: 18;10 / 1;- / 2;-

*Época: Campeonato (J;G) / Taça (J;G) / Europa (J;G)

Avaliação: Craque

terça-feira, 30 de março de 2010

Nº62: Budimir Vujacic


  • Budimir Vujacic.
  • Defesa Esquerdo / Central.
  • Nasceu a 4 de Janeiro de 1964 em Podgorica (Montenegro).
  • Títulos no Sporting: 1 Taça Portugal (1994/95) e 1 Supertaça (1995/96).
  • 12 Internacionalizações pela Jugoslávia.



O Vujacic foi um excelente lateral esquerdo, que também jogava a central, que passou pelo Sporting nos anos 90. Dono de uma marcação impiedosa sobre o adversário, muito duro, com um bom cabeceamento ainda marcou alguns golos com a camisola verde e branca. Um grande jogador que chegou a Lisboa já perto dos 30 anos, mas a tempo de demonstrar todo o bom futebol que tinha.


Começou a carreira no Obilic da sua terra natal, passando em seguida para a Alemanha, onde jogou no Friburgo durante 3 épocas realizando 76 jogos com 4 golos marcados.



Em 1987 voltou à Jugoslávia para representar o Vojvodina. Na primeira época fez apenas 10 jogos com 1 golo marcado, explodindo na segunda ao marcar 7 golos em 31 jogos realizados. Foi chamado à selecção jogando contra a Bélgica (0-1).
No final dessa época foi contratado pelo Partizan onde ficaria 4 anos. Fez 115 jogos pelo clube jugoslavo marcando 10 golos, um número bastante bom para um defesa.
É no final dessa época que é contratado por Sousa Cintra para fazer parte do plantel 1993/94 do Sporting. Ao princípio é apenas figurante na equipa de Bobby Robson, mas com a entrada de Carlos Queiroz começou a ganhar espaço. Estreou-se na difícil vitória do Sporting por 1-0 em casa do Salgueiros, com golo de Paulo Torres, em jogo a contar para a 18ª jornada do Campeonato. Nesse dia, o Sporting alinhou com: Lemajic; Nélson, Peixe, Vujacic e Paulo Torres; Figo, Poejo, Paulo Sousa e Balakov; Iordanov (Juskowiak, 78m) e Cadete (Porfírio, 86m).
Marcou o seu primeiro golo com a camisola leonina na goleada por 6-0 frente ao Gil Vicente, voltando a marcar na finalíssima da Taça perdida para o FC Porto.



Na época seguinte, Carlos Queiroz encostou-o à esquerda, relegando Paulo Torres para o esquecimento e Vujacic teve presença muito mais assídua no onze realizando um total de 35 jogos com 3 golos marcados. Um desses golos foi na Taça frente ao Olivais e Moscavide, sendo que os outros 2 foram no Campeonato. A estreia a marcar foi na jornada 16, na vitória por 2-1 em Chaves e o outro golo ocorreu na jornada 19 na vitória por 1-0 em Belém. Venceu a Taça e foi titular nesse jogo frente ao Marítimo: Costinha (Lemajic, 87m); Nélson, Naybet, Marco Aurélio e Vujacic; Figo, Oceano, Carlos Xavier (Filipe, 75m) e Balakov (Sá Pinto, 79m); Iordanov e Amunike.


Equipa que jogou a 1ª mão da Supertaça.
Em cima, da esquerda para a direita: Marco Aurélio, Luís Vasco, Oceano, Naybet, Vujacic e Amunike.
Em baixo, pela mesma ordem: Cadete, Sá Pinto, Nélson, Pedro Martins e Assis.


Em 1995/96, venceu a Supertaça e jogou um total de 22 jogos, marcando 3 golos todos no Campeonato: à 3ª jornada na vitória por 2-1 em Braga; na 5ª jornada na vitória por 1-0 em Faro; e na 8ª jornada na vitória por 2-0 frente ao Marítimo.
Na época seguinte, faria apenas 1 jogo, transferindo-se para o Japão no Verão. Esse jogo foi na última jornada na derrota leonina no Bessa por 2-1. O Sporting alinhou com: Costinha; Saber, Beto, Vujacic e Carlos Fernandes; Luís Miguel (Simão, 45m), Vidigal, Peixe, Pedro Martins (Gil Baiano, 67m) e Afonso Martins (Hadji, 52m); Dominguez.
Foi jogar no Vissel Kobe do Japão até encerrar a carreira em 1998. Tornou-se olheiro do Manchester United, sendo responsável pela contratação das jovens estrelas Tosic e Ljajic.


Carreira

1984/85: Obilic

1985/86: Friburgo

1986/87: Friburgo

1987/88: Friburgo
Vojvodina

1988/89: Vojvodina

1989/90: Partizan

1990/91: Partizan

1991/92: Partizan

1992/93: Partizan

1993/94: Sporting

1994/95: Sporting

1995/96: Sporting

1996/97: Sporting
Vissel Kobe

1997/98: Vissel Kobe

Carreira no Sporting*

1993/94: 16;2 / 4;1 / -;-

1994/95: 29;2 / 5;1 / 1;-

1995/96: 17;3 / 3;- / 2;-

1996/97: 1;- / -;- / -;-

*Época: Campeonato (J;G) / Taça (J;G) / Europa (J;G)

Avaliação: Craque